Algodoeiro
Fernando Mendes Lamas1
17.1. Introdução
Neste capítulo, é feita uma abordagem geral de alguns aspectos que devem ser considerados, visando otimizar a produção de algodão. O cultivo do algodoeiro deve ser tratado como um dos componentes de um sistema de produção. Assim, o algodoeiro deve fazer parte de um plano de rotação de culturas, onde este, somente volta a ser cultivado numa determinada área, após um período nunca inferior a três anos. Um dos condicionantes para a sustentabilidade da produção de algodão é a rotação de culturas. A não adoção desta prática pode ter conseqüências negativas para o algodoeiro, destacando-se a alta incidência de pragas e doenças, que leva o produtor a ter que fazer inúmeras aplicações de inseticidas e fungicidas, podendo tornar o empreendimento totalmente inviável, tanto do ponto de vista econômico como ambiental. Assim como a soja e o milho, preferencialmente, o algodoeiro deve ser cultivado em sistema plantio direto. A não observação dos pontos evidenciados neste capítulo pode ser causa de insucesso.
17.2. Época de semeadura
A época de semeadura é um fator de produção com custo praticamente nulo. Entretanto, a não observância da época de semeadura pode ter efeitos altamente negativos sobre a produtividade, a qualidade do produto e o custo de produção. A incidência de pragas e o apodrecimento dos frutos são altamente influenciados pela época de semeadura. Anualmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publica as portarias indicando a época de semeadura do algodoeiro para as diferentes regiões do Brasil. Em Mato Grosso do Sul, na Região Sul, a semeadura deve ser realizada de outubro a novembro e na Região Norte, de novembro a dezembro. Segundo Santos (2007), a época de semeadura é uma prática estratégica para o controle da lagarta rosada Pectinophora gossypiella (Lepidóptera:Gelechiidae).
17.3. Arranjo de plantas
Por arranjo de plantas, entende-se a distribuição das plantas em uma