Correção e adubação na cultura do algodoeiro
DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA
COTONICULTURA
CORREÇÃO E ADUBAÇÃO NA CULTURA DO ALGODOEIRO
Brunna de Araújo Arruda
Fernanda França de Lima
LAVRAS – MAIO
2011
Introdução
Por ser o algodoeiro pouco tolerante à acidez e à presença de alumínio trocável e ser exigente em cálcio, elemento importante na germinação e desenvolvimento inicial das raízes, a correção da acidez é essencial para a obtenção de boa produtividade. A calagem é a aplicação de corretivo da acidez (geralmente calcário) no solo e tem o objetivo de corrigir a acidez, neutralizar o alumínio trocável, elevar a saturação de bases e fornecer cálcio e magnésio para as plantas. Além desses efeitos diretos, com a calagem a cultura é beneficiada indiretamente pelo aumento da capacidade de troca de cátions (CTC) e da disponibilidade de N, S, P, B e Mo, melhoria do desenvolvimento do sistema radicular, que permite exploração de maior volume de solo e conseqüentemente maior eficiência na absorção de nutrientes do solo pela planta.
O algodoeiro tem um padrão de absorção em que cerca de 70% dos nutrientes são absorvidos após o aparecimento do primeiro botão floral e cerca de 50% de todos os nutrientes, no período que vai do florescimento à maturação; isto sugere que a formação do fruto do algodoeiro depende mais da absorção de nutrientes do solo que da sua redistribuição dentro das plantas.
Em ordem crescente, o algodoeiro exige K>N>Ca>Mg>P>Fe. Nos primeiros 30 dias após a emergência, ele é mais exigente em Mg, S e Fe. Já na fase entre o abotoamento e o máximo florescimento, ele é mais exigente em N, P, K e Ca.
A atividade do alumínio na solução do solo tem sido o principal parâmetro associado, de modo negativo, ao crescimento radicular, conforme trabalhos com algodão e café (Pavan & Bingham, 1982, Adams & Lund, 1986). Tem-se demonstrado que o gesso pode reduzir a atividade do alumínio em solução (Alva et al., 1986, e Cameron et al., 1986).