ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
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Historicamente, ao olharmos para a alfabetização no Brasil percebemos diversas mudanças tanto metodológicas como conceituais. Atualmente, pesquisas identificaram problemas nos processos e nos resultados da alfabetização e novamente caminhamos rumo a mudanças dentro desse contexto. Vários fatores contribuíram para que ocorressem esses problemas, dentre eles: professores alfabetizadores inseguros e desmotivados em relação a sua prática, perplexidade da população e do poder público diante do fracasso dos processos de alfabetização escolar evidenciada através de avaliações, as quais provocaram críticas e motivação de propostas de um novo exame das teorias e das práticas atuais de alfabetização. Diante disso, verificamos que esse é um momento que engloba desafios e ameaças; desafios, porque podem ocorrer a revisão dos processos já estabelecidos e a implantação de outros novos, assim como, também, pode haver rejeição dos processos já implantados e surgirem propostas de mudanças que não levem a lugar algum. Até os anos 80, o objetivo da alfabetização era o ensino do sistema alfabético e ortográfico da língua escrita. Palavras, textos, sentenças eram artificialmente selecionados e considerados pelo professor como pré-requisito para que as crianças desenvolvessem suas habilidades de uso da escrita e da leitura. Durante os anos 80, foi abordado o tema sobre a psicogênese da alfabetização, a qual apresenta quatro níveis, segundo Emília Ferreiro, são eles: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético, sob a denominação de “construtivismo”. Esse construtivismo, propriamente dito, trouxe uma significativa mudança na área da alfabetização, pois alterou a concepção do processo de aprendizagem e apagou a distinção entre a aprendizagem do sistema de escrita e as práticas efetivas de leitura e escrita. Dessa forma, compreendeu-se melhor o processo pelo qual a criança constrói o conceito de língua escrita como um sistema de representação dos sons da fala por sinais