Alfabetização de adultos
INTRODUÇÃO
Através desta pesquisa sobre educação de adultos, pretendemos analisar os fatores que interferem na inserção e permanência de homens e mulheres na instituição escolar.
No Brasil, o elevado índice de adultos analfabetos é uma realidade a ser enfrentada pela sociedade. “... Do ponto de vista social, existe ainda no Brasil um grande contingente (15 milhões, ou 13% da população) que não sabe ler nem escrever...” (KLEIMAN, 2001, p. 273). Apesar de índices tão alarmantes muitos homens e mulheres, mesmo que tardiamente, buscam a escola com a esperança de saírem desse quadro de adultos analfabetos.
São muitos os fatores internos e externos ao sujeito que interferem na inserção tardia dos adultos na instituição escolar sejam eles de ordem pessoal, familiar, social ou governamental. Através da pesquisa investigamos esses fatores que atuam diferentemente na vida de homens e mulheres, fazendo com que eles entrem tardiamente na escola, e uma vez inseridos se permanecem ou não até a conclusão do curso. O trabalho foi desenvolvido com pessoas acima dos 30 anos, uma vez que entendemos que as pessoas acima desta faixa etária, de um modo geral, já possuem família, filhos, trabalho. Percebemos que estes fatores, dentre outros, podem ter atuado no sentido de impossibilitar que essas pessoas tivessem acesso à escola no período regular.
Investigando os diversos determinantes que interferem na vida dessas pessoas, devemos ressaltar que o maior índice de analfabetismo encontra-se na classe menos privilegiada da sociedade. E este, acaba tornando-se mais um fator de exclusão social uma vez que o adulto analfabeto é muitas vezes rotulado como “menos capaz” para desenvolver determinado ofício do que uma pessoa letrada. Através da pesquisa de campo observamos a importância do estudo de caso, pois o objeto a ser estudado, a alfabetização de adultos, é de fundamental importância para o desenvolvimento do projeto. Por meio