Alexandre Herculano
Participou ativamente da revolução liberal e, após sua vitória, em 1834, retornam do exílio para implantar em Portugal a nova literatura romântica.
Os seus romances retratam épocas de particular interesse para a escola romântica, como o domínio árabe, a fundação da nacionalidade e a consolidação da sua independência no tempo de D. João I; são fidelíssimos em conservar a cor histórica e local dos acontecimentos narrados: exatidão de vestuário, de armas, de costumes, de interiores e exteriores, de leis, de arquitetura, etc...
O romance histórico era aliás um gênero de limites indefinidos, em que se misturavam prosa poética, a erudição, os comentários filosófico, social e político, a descrição pitoresca, a pretexto de narração.
As principais personagens dos romances de Herculano são como que encarnações, dotadas de forças sobre-humanas, anjos ou diabos, consagrados a uma obra de maldição ou de santificação: é o caso de Eurico anjo negro no meio dos combates e de outras personagens dos seus romances.
Outra característica geral do seu romance é o gosto da reconstituição minuciosa de trajos, interiores, arquiteturas, cerimônias e festividades. Revela-se aqui um intenso sentimento do concreto exterior. Mas este gosto do concreto alterna com o dos cenários vagos e puramente imaginários, dominantes no romance Eurico, o Presbítero situado numa época sobre a qual Herculano dispunha de poucas informações. Há ainda outra o culto do cavalheiresco.
Eurico, o Presbitero. O romance passa-se no início do século VIII entre Eurico e Emengarda na Espanha Visigótica. Eurico guerreiro, após um combate bem sucedido pede a mão de Emengarda ao Duque de Fávila, que rejeita por ser Eurico de origem simples. Certo de que Emengarda tbém o rejeitaria ele se entrega ao sacerdócio.
Eurico vive uma vida religiosa, compondo poemas e hinos religiosos, mas quando tem ciência da invasão dos árabes toma para si a