Alexandre Herculano

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, nasceu a 28 de Março de 1810, no Pátio do Gil, na rua de S. Bento, filho de Maria do Carmo de São Boaventura e Teodoro Cláudio Araújo, ambos defendiam o Liberalismo.
A família era de poucas posses, estudou humanidades preparatórias e conclui, mas quando o seu pai cegou, viu-se obrigado a abandonar os estudos, pois não tinha como sustentar a família.
Aos 14 anos, entrou para a Academia Real da Marinha e frequentou o curso técnico de comércio, criado pelo Marquês de Pombal. Desde muito cedo, Alexandre Herculano foi um espectador atento e interessado, sobre todos os fenómenos sociais, de uma perspectiva serena e juízo seguro.
Dom Miguel regressou a Lisboa, jurando a Carta Constitucional em 1826, passados dois anos Alexandre Herculano iniciou os primeiros poemas com tendências Absolutistas, contrariando os ideais políticos dos pais.
Entre 1828 e 1831 pressupõe-se que tenha acontecido algo muito marcante que o fez mudar de convicções politicas, levando-o a atacar uma esquadra miguelista no porto de Lisboa. Este episódio tornou-se numa autêntica matança no Rossio, à qual conseguiu fugir e embarcar numa fragata francesa, devido às suas crenças políticas estava sempre ligado a rixas e numa delas ficou com uma marca para toda a vida.
Exilou-se em 1831, em Inglaterra e permaneceu pouco tempo em Londres, pouco se sabe dos seus contactos culturais que manteve nesse território, tendo acompanhado as mudanças politicas em Portugal. Passou por França onde trabalhou nas bibliotecas de René e de Paris, onde esteve a par da literatura francesa contemporânea. Saiu de França com destino à ilha Terceira, onde se juntou ao exército de D. Pedro, foi um dos 7500 soldados que desembarcou no Porto (Mindelo).
Retirou-se do exército em 1832, após a sangrenta desordem em Ponte Ferreira, Valongo onde passou uma noite ao lado dos camaradas mortos, para se salvar. Foi dispensado como soldado em 1833 e iniciou a sua actividade como bibliotecário