Alergia
Existe um fator hereditário na alergia, ou seja, filhos de pais alérgicos têm mais probabilidade de serem alérgicos do que aqueles que não tenham pais com alergia. Na realidade, isto significa apenas que a probabilidade é maior, mas não que pessoas alérgicas sempre terão filhos obrigatoriamente alérgicos.
Trabalhos estatísticos demonstram que, quando ambos os pais são alérgicos, cerca de 50% dos filhos sofrem de alergia e quando apenas um é alérgico, esta porcentagem cai para cerca de 30%. No entanto, mesmo quando nenhum dos pais tem alergia, ainda há possibilidade de 10 a 20% de que a criança nasça alérgica.
Outro ponto importante é que não se herda o tipo de alergia, mas sim a tendência para as doenças alérgicas. Assim, um pai ou mãe pode ter asma e o filho apresentar rinite.
Como surge a doença alérgica?
A doença resulta da interação entre a hereditariedade com o ambiente, ou seja, para que a tendência genética se manifeste, é grande a influência dos fatores ambientais. Por isso, a alergia pode se manifestar em qualquer idade, até mesmo em idosos, embora seja mais comum na infância.
Por que as doenças alérgicas aumentaram tanto nos últimos anos?
É comprovado o aumento da prevalência das doenças alérgicas nas últimas décadas, no mundo inteiro. Sabe-se que para isso influíram inúmeros fatores: a modificação de moradias, sendo introduzidos carpetes, tapetes, cortinas e adereços. O aumento da violência urbana, assim como a introdução de televisão, computadores, jogos eletrônicos, entre outros, faz com que idosos e crianças permaneçam maior tempo em ambientes fechados, convivendo com alérgenos importantes como os ácaros da poeira, mofos, entre outros. Além disso, o desenvolvimento da tecnologia aumentou o número de substâncias capazes de provocar reações alérgicas, como por exemplo: novos cosméticos, alimentos industrializados, medicamentos variados, etc. A poluição ambiental é outro fator importante neste aumento da prevalência das doenças alérgicas.