aleitamento materno
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho , com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento conhecimento e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS), as crianças com até 6 meses de vida devem ser alimentadas exclusivamente com leite materno, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais e medicamentos; e que após os 6 meses o aleitamento seja complementado com outros alimentos de forma oportuna e saudável até os 2 anos ou mais.
A mortalidade infantil é uma grande preocupação da Saúde Pública, e combatê-la é parte de uma série de compromissos assumidos pelo Brasil, como os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), Pacto de Redução da
Mortalidade Materna e Neonatal, Pacto pela Redução da
Mortalidade Infantil no Nordeste e Amazônia Legal e, no presente momento, com a Rede Cegonha.O declínio da mortalidade infantil no Brasil é resultado de um conjunto de fatores, em especial o aumento das taxas de amamentação, visto que, em todo o mundo, o aleitamento materno reduz em até 13% as mortes de crianças menores de 5 anos por causas evitáveis.
Vários são os argumentos que favorecem a prática da amamentação, valendo ressaltar que as crianças de menor nível socioeconômico são as mais vulneráveis e que o leite materno, além de proteger contra várias infecções, apresenta benefícios em longo prazo na diminuição dos riscos de doenças crônicas decorrentes da alimentação inadequada, como obesidade, hipertensão e dislipidemias, assim como o diabetes melittus tipo I, estimando-se, nesse último caso, que 30% das ocorrências poderiam ser prevenidas se 90% das