Aleitamento materno
Mesmo com toda essa gama de aspectos favoráveis, esses fatores não parecem exercer maior influência sobre a amamentação do que os benefícios e vantagens do leite materno sobre as fórmulas e leites artificiais. Entretanto, ao longo da história da humanidade houve uma média de 15% a 25% de mortes em crianças, chegando a 90% quando as crianças eram órfãs e não tinham mãe substituta para a amamentação. Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitos estudos de caráter científico demonstram a relevância do aleitamento materno para a saúde materno-infantil e para o espaçamento das gestações como fator de diminuição de fertilidade. Embasados nas evidências científicas, a OMS recomenda a prática da amamentação exclusiva por seis meses e a manutenção do aleitamento materno acrescido de alimentos complementares até os dois anos de vida ou mais (BRASIL, 2003).
Neste enfoque identifica-se que a prática do aleitamento materno é fortemente influenciada pela cultura pré-existente, pois as crenças têm um papel importante na determinação do comportamento e ajustamento emocional à vida.
1 INTRODUÇÃO
A lactação é uma das práticas mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos, psicológicos e o desenvolvimento de uma criança em seus primeiros anos de vida. Mesmo com toda essa gama de aspectos favoráveis, esses fatores não parecem exercer maior influência sobre a amamentação do que os benefícios e vantagens do leite materno sobre as fórmulas e leites artificiais. Ichisato & Shimo (2001) destacam a hipogalactia (insuficiência lactacional), como sendo uma das razões primordiais que levam ao desmame precoce. Dentro deste contexto, adicionam-se ainda as crenças e os tabus que influenciam diretamente no exercício do aleitamento materno. A cultura e seus valores arraigados têm influenciado de forma crucial no exercício da amamentação, prática não somente biológica, mas histórica, social e psicologicamente delineada.
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