Aldeias do mal - resumo

737 palavras 3 páginas
Aldeias do mal

As favelas vêm sendo vistas como sinônimo de violência, onde a criminalidade é elevada e os moradores são vistos como grandes promotores disso. E ainda mais antiga é a ideia de que as moradias populares em geral seriam prejudiciais à ordem pública.
A partir do século XIX essas habitações tomaram altas proporções. Isto se deu principalmente ao processo de industrialização, a derrubada dos cortiços e a abolição da escravidão. O Rio de Janeiro estava em um grande crescimento populacional, pois muitos ex-escravos e europeus, principalmente portugueses, vieram para a cidade, porém não havia habitação para todos eles, o que acabou sobrecarregando sua área central, onde concentrava as temidas habitações coletivas. A perseguição a essas moradias acabou resultando na demolição de um dos cortiços, onde o prefeito justificou o desalojamento em nome da higiene pública. Alguns comemoravam essa derrubada alegando que abrigaria assassinos. Nos lugares desses cortiços seriam feitas novas habitações. Essas pessoas que foram desalojadas caminharam poucos metros até o morro da previdência, onde levantaram novas moradias feitas com pedaços de madeira. Assim nascia a primeira favela, o morro da Providência. Até mesmo soldados que combateram a Revolta da Armada obtiveram licença do governo para morar no Morro de Santo Antônio, no Centro. Começava assim a história das favelas no Rio de Janeiro. No beligerante arraial baiano, a tropa do governo ficou numa região de um morro chamado favela, sendo esse o nome de uma planta resistente, que causava irritação no contato com a pele humana, ou seja, desde então já começou o preconceito com as pessoas que ali habitavam e logo mais o apelido pegou e os barracões ficaram conhecidos como favelas. As regiões que continham grande número de negros, como o morro da favela, eram vistas como violentas e incivilizadas, entretanto a localização dessa colina deixou-a protegida das marretas municipais por um dado momento.

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