Aldeia Boa Vista
Antes de irmos para aldeia, estávamos tristes por ser o ultimo dia do estudo do meio, ansiosos e animados por conhecer a cultura indígena, após conhecer a cultura caiçara (no Núcleo Picinguaba) e a quilombola (no Quilombo Campinho da Independência). Esperávamos encontrar a aldeia animada por receber visitantes interessados, como vimos nas fotos mostradas pela Mel, onde os alunos do ano passado dançaram com os índios.
No fim do século XIX, os Guarani iniciaram um processo de migração do Paraguai para o litoral leste do continente americano. Até que no final da década de 1960, surgiu a Aldeia Indígena Boa Vista, em Ubatuba, com a vinda de três famílias para o bairro de Prumirim.
A área da aldeia visitada tem cento e vinte hectares, é uma APA (área de proteção ambiental), pertence aos índios e é administrada pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Como a terra é administrada pela FUNAI, os índios não podem alterá-la. Localiza-se a aproximadamente 2,6 km da Rodovia BR-101 (Rio – Santos).
No momento que monitores disseram que teríamos de andar em uma trilha com muitas subidas, ficamos assustados, já que era muito alto. Durante o percurso, muitas pessoas estavam suadas e bebendo água. As meninas pediram para os meninos segurarem suas mochilas. Para chegar ao local, passamos por uma estrada de terra rodeada de Mata Atlântica, na qual podemos observar várias espécies de plantas típicas desse tipo de mata, como a Samambaiaçu. Antigamente, a raiz dessa planta era feita o xaxim, tipo de vaso para planta, mas, atualmente a extração é ilegal pois a espécie está em extinção. Por ter chovido no dia anterior, a terra estava pastosa, o que dificultou a nossa caminhada. Nós tivemos medo de cair e escorregar na lama. Apesar de todo medo e cansaço, ficamos