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Aproximar-se do conceito de Corporeidade é, em certo sentido, vivenciar possibilidades e conhecer-se como ser complexo e único no mundo. Ou seja, um indivíduo que é “o único capaz de testemunhar sua própria experiência, mergulhado na complexa rede de inter-relações a partir da qual constrói sua vivência singular” (FREITAS, 2004, p.51).
Nesse sentido, podemos compreender que estamos inseridos numa complexa teia, em que não há regras que podem definir, com exatidão, cada um de nós, apesar de existirem teorias que buscam, ao máximo, uma aproximação acerca de nossos comportamentos, atitudes, entre outros, como é o caso das teorias psicológicas e antropológicas, por exemplo.
Em síntese, a corporeidade humana nos permite compreender que somos animais da classe dos mamíferos, da ordem dos primatas, da família dos homínidas, do gênero homo, da espécie sapiens. Somos constituídos dos diversos átomos, os quais constituem as moléculas, as células, os organismos, os seres humanos, a sociedade. (MORIN, 1997, p.61).
É através do corpo do corpo que podemos identificar a individualidade, a existência e o Ser, os quais remetem a organização. Assim, a corporeidade constitui-se das dimensões física e biológica (estrutura orgânica, biofísica, motora, organizadora de todas as dimensões humana) emocional-afetiva (instinto, pulsão, afeto), mental-espiritual (cognição, razão, pensamento, idéia, consciência) e sócio-histórico-cultural (valores, hábitos, costumes, sentidos, significados, simbolismos). Constitui na totalidade do ser humano, constituindo sua corporeidade. É nesse sentido que busco a compreensão da complexidade humana, tanto em nível individual quanto em nível social. Segundo Soares (2001), torna-se necessário estabelecer relações científicas, biológicas, sociais, culturais e históricas em torno da temática da corporeidade.
Como complementa Gonçalves (1994, p.13), “O corpo de cada indivíduo (...) revela (...) sua singularidade pessoal (...)”.