Agência FAPESP - Especialistas defendem currículo mais flexível nas universidades
Especialistas defendem currículo mais flexível nas universidades
Por Elton Alisson
Agência FAPESP – As Univ ersidades de Harv ard e de Stanford, nos Estados Unidos, iniciaram nos últimos anos a reforma curricular de seus programas de graduação com o intuito de flex ibilizar os currículos dos cursos e propiciar aos estudantes uma formação mais sólida e div ersificada, entre outros objetiv os.
Já no Brasil esse processo enfrenta alguns obstáculos, como o conserv adorismo das instituições e a resistência dos docentes em mudar a forma tradicional de suas aulas, apontaram especialistas participantes do simpósio
Ex cellence in Higher Education, ocorrido nos dias 23 e 24 de janeiro na FAPESP.
Realizado pela FAPESP em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o encontro tev e como objetiv o debater os determinantes da ex celência no ensino superior no Brasil e formular recomendações que poderão embasar políticas públicas.
Con ser v a dor ism o da s in st it u ições dificu lt a a flex ibiliza çã o n os cu r sos de g r a du a çã o ofer ecidos n o Br a sil, a fir m a m (foto: Eduardo Ces ar)
“Há um grande conserv adorismo das univ ersidades brasileiras em promov er a reforma do currículo de seus cursos de graduação que faz com que as instituições nov as, com programas de graduação recém-criados, tenham mais sucesso do que as instituições mais antigas nesse aspecto”, disse
Luiz Dav idov ich, professor da Univ ersidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) e diretor da ABC.
“Em outros países, contudo, são as instituições tradicionais que têm liderado as mudanças”, afirmou Dav idov ich, na palestra que proferiu durante o ev ento.
De acordo com Dav idov ich, a última reforma curricular da Univ ersidade de Harv ard foi iniciada no começo dos anos 2000 e liderada por Lawrence
Summers, reitor da instituição entre 2000 e 2006.
As mudanças no currículo dos cursos de graduação da univ ersidade norte-americana fizeram com que