agua para elefantes
90 anos. Ou 93. Uma coisa ou outra
Água para Elefantes é um livro que se passa nos tempos da crise de 29 (a grande depressão); uma época em que pessoas, desesperadas e sem uma gota de esperança, se jogavam de altos prédios, davam tiros em sua própria cabeça; homens ricos que viraram mendigos e homens pobres que, sendo possível, ficaram ainda mais pobres. Se antes ele tinha um colchonete, na crise nem isso ele tinha mais.
Fica claro que qualquer emprego já é algo para poder sobreviver. E é assim que o Circo entra na vida de muitas pessoas. Afinal, o circo era a certeza de ter comida, um lugar para dormir-mesmo quando as condições são medíocres- e, no final da temporada, um salário.
E é no circo que a história de Jacob - um garoto que perdeu os pais em um acidente de carro; perdeu todos os bens para poder pagar a hipoteca e largou a faculdade de veterinária no seu exame final - realmente começa.
Jacob é um idoso que vive em uma casa de repouso e, quando vê que o circo chegou a cidade, começa a ter flashs de lembrança do tempo que trabalhou no circo. Sua vida foi recheada com muita tristeza, mas também com muito amor. Jacob nos conta a história de um lugar que tem um brilho só por existir, mas que por trás das grandes lonas é hostil e frio. Um lugar onde você faz grandes amizades; pessoas que se preocupam e se ajudam, mas um lugar que facilmente você é odiado. Um lugar onde há pessoas que não merecem nem o seu olhar, mas a quem você deve ser obediente para não ser jogado fora. Simplesmente jogado fora.
Voltando sempre a sua realidade (90 anos. Ou 93.), Jacob nos mostra o lado do idoso. Aquela pessoa em que muitas famílias o abandona manda para uma casa de repouso para receber cuidados necessários, mas que se esquecem que o mais necessário dos cuidados é o carinho e dedicação. Não que Jacob se sinta jogado, mas muitas vezes ele pensa como tudo seria diferente se um dos seus 5 filhos tivessem aceitado quando ele sujeriu viver na casa de um