Agrárias
A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma planta brasileira resistente a seca e a solos de baixa fertilidade, tradicionalmente cultivada e processada em todo país. A composição química da raiz de mandioca é de: 65% de água, 25% de amido, 3% de proteína, 2% de celulose e 5% de outros. O Brasil já foi o maior produtor mundial desta raiz na década de 70.
Na produção da farinha, a raiz de mandioca é moída e espremida, formando uma massa úmida que é seca e torrada, enquanto que na produção de fécula é adicionada a massa úmida grande quantidade de água, gerando um volume extra, equivalente a 60% da matéria-prima em resíduos líquidos. Este resíduo líquido conhecido como manipueira, é um passivo ambiental que apresenta elevada demanda bioquímica de oxigênio, em seu tratamento.
Os produtores acabam despejando este resíduo no meio ambiente, próximo as casas de farinha, o que ocasiona a formação de lagos residual, o que pode contaminar aqüíferos, peixes e plantas, devido à grande quantidade de matéria orgânica em suspensão e a toxidade do ácido cianídrico. Porém, o pré-tratamento deste efluente pode possibilitar a utilização do mesmo no cultivo da mandioca. Muitas pesquisas já foram e ainda estão sendo direcionadas à utilização da manipueira na fertirrigação de determinadas culturas de plantas.
Para o aproveitamento da manipueira na região de Itiúba-Ba, utilizando o resíduo que seria despejado diretamente no solo, para adubação de plantas de mandioca. Através do pré-tratamento, a manipueira passará a ter um fim agronômico com respectiva investigação científica que possa transformá-la numa oportunidade econômica viável de adubação, uma possibilidade de redução de poluição de espelhos d’água, e principalmente uma valiosa contribuição para a preservação ambiental.
Por tanto, justifica-se a realização do Projeto de Pesquisa, com a hipótese de que há viabilidade socioeconômica e ambiental no uso da manipueira como fertilizante orgânico para as lavouras de