AGRONEGOCIO
Fala-se muito que o Brasil tem progredido pouco na área de ciência, tecnologia e inovação. Realmente, o progresso é pequeno na maioria dos setores da economia e não existe uma cultura de investimento em pesquisa nas indústrias. Empresas inovam pouco, fazendo com que percamos competitividade perante nossos concorrentes. Mas será que isso ocorre também com a locomotiva da economia brasileira? Será que a agropecuária inova pouco no país ? O Brasil do “Jeca Tatu” vai aos poucos ficando no imaginário dos nostálgicos, enquanto os números positivos da agropecuária invadem o noticiário constantemente: recordes de produções; e um setor pujante desfila orgulhosamente na Marquês de Sapucaí. Cidades inteiras brotam nos sertões do Brasil Central com IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) europeus. A agropecuária mantém positiva a balança comercial, os alimentos baratos e a segurança energética do país, e é a principal responsável pela estabilidade da economia e a financiadora das políticas sociais. Evidentemente, há condições extremamente favoráveis para a produção, como a abundância de água e luz. Mas de nada valeriam esses recursos se não houvesse um forte caráter inovador na agricultura brasileira. Foi o empreendedorismo do produtor, apoiado pela rede de geração de tecnologias tropicais capitaneada pela Embrapa, que colocou a agricultura do nosso país nos patamares que hoje experimentamos. Solos ácidos corrigidos, materiais genéticos adaptados e grande aparato tecnológico em máquinas, equipamentos e produtos tornaram áreas consideradas de baixo potencial em verdadeiros oásis de produção. Avançou-se na biotecnologia e incorporaram-se tecnologias de gestão e de informação, enquanto o plantio direto eliminou a erosão e abriu caminho para sistemas produtivos integrados.
Critica sobre o artigo: No meu ponto de vista, inovadores modelos de agricultura de precisão racionalizam o uso