agroecologia

Capitulo 1
Por uma nova Extensão rural :fugindo da obsolência
Introdução
Não podemos nos deixar levar pelo imobilismo conservador que aprisiona as organizações públicas de extensão rural. As diferenciações sociais no meio rural, o esgotamento do do modelo de desenvolvimento rural baseado na agricultura, entidades privadas de assistência técnica e presença de ONG’s, exigem uma revisão da extensão rural pública. A extensão rural vive momentos de dificuldade quanto ao seu papel, retomando discussões feita nos anos 80, por ocasião do repensar.
Assim como um exército entra em crise em tempos de paz, a extensão rural fora do processo de modernização acelerada, para o qual foi preparada, defronta-se com um impasse quanto ao seu papel.
É preciso revolucionar as bases teóricas, rever seu público prioritário e apossar-se de um novo referencial metodológico, mecanismos capazes de abrir caminho para uma extensão rural apta a ocupar o espaço no qual ainda poderá mostrar-se socialmente útil.
2 Breve histórico da extensão rural no contexto do modelo de modernização do campo.
A partir dos anos 50, quando se consolida a produção de bens de capital no Brasil, a extensão rural passa a se implantar no país assumindo para si a tarefa de educar o homem do campo para tirá-lo do atraso. Cria-se o sistema nacional sob coordenação da ABCAR (Associação Brasileira de crédito e assistência rural) e começam a ser buscados novos caminhos. Fortalece-se o trabalho junto aos jovens, no intuito de formar novos e bons agricultores. A base rogeriana da extensão rural aposta na idéia de que a "mudança social" se dará a partir da introdução de novas técnicas. A contribuição da extensão nesse período é expressiva, trabalhando na interiorização e difusão de novas tecnologias agrícola, viram o campo crescer significativamente no consumo de bens industriais. Com a industrialização do campo que começa a partir de 1965 segundo Kageyama, vem somar-se mais um instrumento de política pública a