agro
Luélyn Reuse Albiero; Claudineli Cássia Bueno da Rosa; Carmen Wobeto
A microbiota do mel é composta por microrganismos como os bolores e leveduras, que são inerentes ao mel e em condições normais de umidade e temperatura não interferem na qualidade e não são patogênicos. Mas, pode ocorrer contaminação secundária através dos manipuladores, equipamentos e instalações, que podem ser controladas pelas Boas Práticas de Fabricação. Nesse último grupo estão inseridos os coliformes a 35°C e os bolores e leveduras, que são indicativos de higiene associada à manipulação. Considerando a crescente produção de mel na região norte mato-grossense e a preocupação em obter produtos com qualidade objetivou-se neste trabalho investigar a qualidade do mel produzido por apicultores, parceiros do projeto de fomento a apicultura desenvolvido pelo SEBRAE. Foram analisadas amostras da produção obtidas de 8 apicultores, com três repetições totalizando 24 amostras, pertencentes a cada uma das 04 associações de apicultores fornecedoras da Cooperativa de Apicultores do Norte de Mato Grosso. As análises foram realizadas de acordo com as normas do Compendium of Methods for the Microbiology Examination of Foods (APHA) no Laboratório de Tecnologia de Alimentos da UFMT/ campus de Sinop, para os seguintes parâmetros: Contagem de bolores e leveduras (UFC/ml) e presença de coliformes a 35ºC e 45ºC (Determinação do número mais provável - NMP). Em todas as amostras realizadas não foi detectada a presença de coliformes totais e nem de coliformes termotolerantes. Os fungos filamentosos e leveduras observadas nas amostras analisadas apresentaram dentro dos parâmetros estabelecidos pelos órgãos oficiais. Desse modo, foi possível verificar que as amostras de mel analisadas estão dentro da qualidade prevista quanto aos parâmetros microbiológicos.
Palavra chave: fungos, coliformes, microbiologia.