Engenharia genética
A Engenharia Genética é um conjunto de técnicas que envolvem a manipulação de genes de um determinado organismo, geralmente de forma artificial. Esta manipulação envolve duplicação, transferência e isolamento de genes, com o objetivo de produzir organismos geneticamente melhorados para desempenharem melhor suas funções e produzir substâncias úteis ao homem. Através da engenharia genética muitos hormônios passaram a ser produzidos por bactérias com DNA modificado, como por exemplo, a insulina, que era produzida por animais e causava alguns efeitos colaterais indesejáveis em seres humanos. O hormônio de crescimento era extraído da hipófise de cadáveres e houve casos de pessoas que se contaminaram com uma doença neurológica chamada Creutzfeldt-Jakob.
Bactérias como instrumento da engenharia genética
O nosso mundo está repleto de vários tipos de bactérias: boas, ruins e inócuas. Na maioria das vezes, são as bactérias ruins que chamam nossa atenção com relação aos prejuízos à saúde. Aproveitando-se da maquinaria biossintética da bactéria, cientistas puderam criar antibióticos para eliminá-las. Engenheiros genéticos do laboratório Stanford inseriram os maiores genes ativos conhecidos na bactéria Escherichia coli, transformando-a em um microorganismo capaz de produzir em quantidade, com baixa qualidade, novos precursores da eritromicina, um antibiótico substituto da penicilina. A descoberta, publicada na edição de 2 de março da revista Science, demonstra uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de novos antibióticos para o combate a bactérias resistentes. Tradicionalmente, os fabricantes produzem comercialmente a eritromicina através de fermentação, utilizando a bactéria Saccharopolyspora erythraea, em um processo bastante trabalhoso. Para modificar a eritromicina e dar-lhe novas propriedades são necessários alguns processos químicos, elevando o custo. As modificações tornam os antibióticos mais capazes de combater as cepas de