Agricultura familiar
Agricultura camponesa não é só um jeito de produzir no campo. É um modo de viver. É uma cultura própria de relação com a natureza. É uma forma diferenciada de vida comunitária.
Na agricultura camponesa o trabalho é familiar, não assalariado, não capitalista. Mas esta forma de agricultura não se define só pela forma como trabalha.
A família camponesa vive e sobrevive com pouca terra. Esta agricultura se faz em pequenas áreas de terra. Nisto se distingue da agricultura latifundiária, feita em grandes áreas e com trabalho alheio.
A agricultura camponesa prima pela diversificação na produção. Não é monocultora. Combina produção animal com produção vegetal e faz agricultura e criação de animais o ano todo.
A produção para o autoconsumo, para a subsistência familiar, tem um papel importante na agricultura camponesa. Junto com a posse da terra é um dos elementos fundamentais da constituição do espaço de liberdade proporcionado por esta forma de produzir alimentos e de viver.
Cultivos ecológicos, policultivos, integração cultivos-criações, sistema de agro floresta, são todos exemplos de manejo da biodiversidade associado à produção agropecuária. São formas de produção que, além de minimizarem impactos ambientais negativos, geram serviços ambientais, isto é, trazem vantagens ambientais, como o aumento da biodiversidade e a melhoria da qualidade dos solos, das águas e da paisagem como um todo. O que acaba se refletindo em vantagens econômicas nos médios e longos