Agricultura de Sequeiro
A agricultura de sequeiro é a cultura sem irrigação em regiões onde a precipitação anual é inferior a 500 mm. A agricultura de sequeiro depende de técnicas de cultivo específicas que permitem um uso eficaz e eficiente da limitada umidade do solo.
É útil identificar os fatores críticos que podem contribuir para a promoção da desertificação sob agricultura de sequeiro e definir estratégias que possam contrariar eficazmente este processo.
A abordagem endereçará sobretudo a conservação da terra e água, concentrando-se particularmente em culturas não irrigadas típicas do ambiente mediterrâneo, que geralmente dependem da precipitação sanzonal. Questões ambientais, políticas e econômicas relacionadas com a sustentabilidade da agricultura de sequeiro serão também endereçadas.
Embora os climas secos podem ser identificados com alguma facilidade, os ambientes com água limitada são mais difíceis de definir. Um sistema largamente utilizado para classificar ambientes com água limitada baseia-se na precipitação anual. As terras áridas tem menos de 250 mm de precipitação anual e as terras semi-áridas tem uma precipitação média anual entre 250 – 500 mm. Os ambientes extremamente secos, regiões desérticas e semi-desérticas permitem o crescimento das plantas até certo ponto. Logo, os sistemas de cultivo utilizados nestas áreas evoluíram através de uma mistura de práticas de cultivo adequadas e programadas de seleção de plantas. Estes sistemas serão examinados de forma a realçar os problemas de desertificação associados à agricultura e possíveis estratégias de mitigação.
Europa Mediterrânea: Contexto
A agricultura de sequeiro na Europa Mediterrânea está sobretudo concentrada no sul de Portugal e Espanha, centro e sul da Itália e Grécia.
As culturas mais comuns nestas áreas são cereais de inverno (trigo e cevada). Culturas arbóreas como as oliveiras, amendoeiras, nozes e vinha estão tipicamente associadas às culturas de inverno. Legumes em