Agregados reciclados
A indústria da construção causa um grande impacto ambiental ao longo de sua cadeia produtiva; a ocupação de terras, extração de matérias-primas, produção e transporte de materiais e geração e disposição de resíduos podem mudar em parte ou completamente um meio. Estima-se que são gastos aproximadamente uma tonelada de materiais a cada metro quadrado de construção de um edifício, demandando grandes quantidades de cimento, brita, areia, entre outros. Sendo assim, muito resíduo é gerado devido às perdas ou aos desperdícios neste processo. Levantamentos em canteiros de obra em Brasília, no Distrito Federal, apontam uma média de geração de entulho de 0,12 toneladas por metro quadrado. Deste modo, a sustentabilidade na construção civil é um tema de grande importância. A preocupação das construtoras, contudo, não está somente relacionada à essas mudanças causadas no meio ambiente, mas também (e principalmente) ao alto custo e ao desperdício de material. A elevação dos preços dos materiais de construção têm pedido uma maior busca pela diminuição dos gastos, e uma das alternativas das construtoras é o reaproveitamento de resíduos sólidos como, por exemplo, os agregados. Esse reaproveitamento visa uma maior sustentabilidade na produção de edificações, proporcionando economia de recursos naturais e minimização do impacto no meio ambiente, aliados à economia de material e, assim, à diminuição dos custos na construção. A maior vantagem desse reaproveitamento é de fato financeira, já que o material reciclado custa entre 15% a 30% menos que na pedreira. As características dos resíduos usados influenciam muitas das propriedades do concreto com agregados reciclados. Tam, Tam e Wang (2006) citam que as características inerentes ao agregado reciclado, incluindo alta porosidade e elevado nível de impurezas, afetam a resistência mecânica de concretos produzidos com esses materiais e limitam suas aplicações. Além disso, os agregados reciclados podem causar