Agosto
Gregório Fortunato - chefe da guarda pessoal de Vargas - consciente de que o jornalista constitui uma ameaça, planeja um atentado contra a sua vida.
Outro crime acontece: o assassinato de um milionário em sua própria residência, um luxuoso apartamento duplex, em bairro de classe média alta, na cidade do Rio de Janeiro.
São crimes que cercam a vida do Comissário Mattos. Sofrendo de terrível úlcera no estômago, envolvido com duas namoradas, o Comissário suspeita que a mão negra que arma os pistoleiros da Rua dos Toneleros em Copacabana, onde ocorre o atentado a Lacerda, deve ser a mesma que mata o milionário na cama.
O atentado a Lacerda fere um coronel da Marinha; explodem manifestações na imprensa e nas ruas. O povo exige explicação do governo. Gregório Fortunato é preso e começa a ser diariamente interrogado. O presidente perde progressivamente sua base política, encontra-se numa situação dúbia. Se renunciar, será ainda mais criticado pelo povo; se permanecer no poder, terá que enfrentar a fúria da UDN e de muitos militares importantes que já não o apóiam.
O Comissário tem uma única pista do assassinato do milionário: um anel dourado e alguns pêlos de negro no sabonete do banheiro. Suas namoradas, Salete e Alice, no seu pé, perturbam-no. Alice, casada com um rico empresário,
Pedro Lomagno, desabafa seu drama: diz que seu marido tem uma amante, Luciana Aguiar, viúva de Paulo Gomes Aguiar, o homem cujo assassinato é investigado por Mattos.
O Comissário, por sorte acaba ouvindo algo de que realmente suspeita: o fato de Pedro Lomagno ter um amigo negro, chamado Chicão.
Após descobrir que o anel não pertence a Gregório Fortunato, a suspeita recai sobre Chicão. O raciocínio é