Agosto
Agosto foi publicado em 1990 e até 1998, foi publicado no México, Colômbia, Portugal, Itália, Espanha (nestes 5 países com o título original), mais Holanda, França (2 edições) e Alemanha. Gerou ainda uma minissérie da TV Globo em 16 capítulos, exibidos a partir de 24 de agosto de 1993.
O romance caracteriza-se principalmente por se tratar de uma narrativa de cunho policial, de contar com um grande número de personagens que possuem ligações entre si, além do clima de mistério e investigação presente do início ao final da obra.
Agosto é um romance que funde ficção e história real, tendo-se transformado também numa bem sucedida minissérie de televisão. Apresenta uma trama bem urdida, que prende o leitor do princípio ao fim, e constitui uma das melhores obras de nosso tempo e o melhor livro de Rubem Fonseca, como reconhece o jornalista e escritor Fernando Morais.
Os primeiros fatos da obra Agosto são reais (crime da Rua Toneleros e o suicídio de Vargas). Contudo, o principal personagem, o Comissário Mattos, é fictício. O Comissário, na verdade, é o "alter ego" do autor Rubem Braga.
O romance apresenta vários crimes que acontecem ao mesmo tempo e cujo clímax fica por conta do suicídio de Getúlio Vargas, que interfere muito na vida do comissário Mattos. Mattos é uma dessas personagens que tem no individualismo a marca de sua condição existencial. Podemos sugerir aqui a presença do próprio autor executivo da empresa Light durante a década de 60, homem de ação e ativista político , que participou ativamente do movimento que culminou no golpe de 64, mostrando, tal qual a personagem Mattos, sua crença em certos valores capitalistas como o individualismo que se realiza através da liberdade. O autor entra na história que mancha o país e, por isso, cria este "outro eu" para atingir seu objetivo. Visando dar conotação fictícia à história que envolveu fatos reais, Fonseca cria outros personagens, justamente para dar vida ao seu "alter ego" . É o caso de suas