Agostinho- Livre Arbítrio
Em 387, ao regressar de Milão para a África com a finalidade de viver segundo o Evangelho numa comunidade de pobreza e refletir sobre as verdades reveladas, estando em Óstia, morre-lhe a mãe. É nessa cidade que Evódio, o interlocutor do livro O Livre-Arbítrio, é mencionado pela primeira vez nos escritos de Santo Agostinho.
Evódio, conterrâneo de Agostinho, viera para Milão em serviço oficial e ali reconhecera a verdade do Cristianismo, fazendo-se batizar.
“Tendo se relacionado com Agostinho, nunca mais o deixou, entregando-se de alma e coração ao propósito de se dar com ele o idêntico ideal de vida”. A partir deste encontro, Agostinho muda o destino da sua viagem e vai temporariamente para Roma, onde inicia um diálogo com Evódio. Deste, principia a obra O Livre Arbítrio, na qual, Agostinho finaliza em 391, na cidade de Hipona, na África. Portanto, obra O Livre Arbítrio é de Agostinho, o “último dos diálogos filosóficos publicados por ele, sendo também um dos mais notáveis”.
A obra O Livre-Arbítrio foi escrita sob forma de diálogo, que se dá entre Agostinho e seu amigo Evódio, e trata sobre a vontade livre do homem e a origem do mal .
Este livro, que tem data de 395, nesta obra, Santo Agostinho elabora algumas teses a respeito da liberdade humana e aborda a origem do mal moral.
Agostinho busca encontrar uma causa para o mal, depois de chegar à conclusão de que a origem do mal está no livre-arbítrio da vontade humana.
Agostinho conseguiu provar, o grande problema do mal, que se tornou referencia durante séculos, e dizia se tudo provém de Deus, que é o Bem, de onde vem o mal? Na pergunta, Agostinho foi vítima da explicação dualista Maniquéia, e encontra em Plotino, a chave para resolver a questão: O mal não é um ser, mais deficiência e privação de ser.
Agostinho examina o problema