Agonia e êxtase
Ano: 1965
País de origem: EUA
O filme Agonia e Êxtase retrata a difícil relação entre o Papa Júlio ll e Michelangelo Buonarroti. Em 1508 Michelangelo foi chamado pelo Papa para pintar o interior da Capela Sistina no Vaticano, inicialmente ele recusou, pois como foi dito no documentário inicial, este seria “o trabalho do artista que não queria pintar”, uma vez que ele se considerava escultor e não pintor, mas devido à pressão de Júlio ll acabou aceitando a proposta. Em uma cena do filme Michelangelo está em um bar e reclama do vinho, então o dono do estabelecimento diz ”se o vinho está azedo, jogue fora”, já insatisfeito com os esboços dos apóstolos ele segue o exemplo do dono do bar e os destrói. O artista vai para Carrara, onde acontece uma das cenas mais marcantes do filme que é a visão das nuvens, nesta cena, Michelangelo vê nas nuvens a criação do homem que o inspira e estimula a continuar o trabalho. A pintura do afresco se inicia, porém avança lentamente, irritando o papa e causando discussões entre eles. Outra sequência notável do filme dá-se quando cardeais são levados pelo Papa para observar as pinturas, estes não concordam com a forma como Buonarroti retrata a natureza humana, um o compara aos gregos, quando um outro o corrige “A falha dele está em ter se desviado demais dos gregos. Essas massas torcidas de carne! Esses músculos torturados! Os gregos não teriam pintado algo tão grosseiro”. A partir daí vê-se o hábito de criar buscando a realidade, não mais a beleza perfeita do classicismo, atitude tipicamente Maneirista, que sem negar a arte clássica, a relê com traços menos imaginários, incluindo nela inclusive sentimentos como na escultura “O Rapto das Sabinas- 1582- Giambologna”. Nesta mesma sequência, um cardeal sugere a Michelangelo que, ao retratar os corpos nus, ao menos use a técnica dos gregos, para que aos olhos dos fiéis pareça menos obsceno, porém o artista responde com uma frase que poderia ser