AGF e EGF
Consiste na venda, pura e simples, da produção ao Governo. Seu objetivo é garantir o Preço Mínimo (PM) para os produtos agrícolas a fim de manter o nível de renda dos produtores. Por meio deste instrumento, o Governo adquire os excedentes em anos de safras abundantes para posterior retorno ao mercado em anos de escassez. Funciona, assim, como um mecanismo de equilíbrio entre oferta e demanda de uma safra para outra – ora atendendo aos produtores ora aos consumidores. A AGF é importante porque por intermédio dela, o Governo garante, efetivamente, o PM quando os preços de mercado estão abaixo dele. Mas tem uma desvantagem: se os preços de mercado sobem depois de vendida a produção ao Governo, o agricultor não pode mais se beneficiar da alta. Hoje, é um instrumento utilizado principalmente para atender aos pequenos produtores e apoiar produtos regionais.
Empréstimo do Governo Federal (EGF)
É um mecanismo de financiamento à estocagem que permite ao produtor aguardar uma melhor época para a venda da produção, evitando-se, assim, o excesso de oferta na época da colheita, o que induziria quedas bruscas nos preços. É também objetivo deste empréstimo propiciar capital de giro para que as indústrias possam adquirir de produtores e de suas cooperativas, a preços nunca inferiores aos mínimos vigentes, a matéria-prima necessária ao desempenho de suas atividades. O EGF é mais vantajoso que a AGF, já que o agricultor não vende a produção, mas, apenas, a vincula como penhor do empréstimo que recebe. O prazo do EGF varia de acordo com o produto e a época da contratação. Durante o período de financiamento, o produtor poderá, a qualquer momento, quitar o empréstimo e realizar a comercialização se os preços de mercado se apresentarem compensadores.