Agencias multilaterais: acordos e ajustes
Entre educação superior e globalização há uma relação de mão dupla. A educação superior e considerada um elemento de elevado valor econômico e social, em virtude da força determinante do saber relativamente a riqueza das nações. Em um regime de alta competitividade, as políticas de ampliação do acesso a níveis superiores de escolaridade e de difusão do conhecimento se apresentam como uma grande vantagem competitiva. Daí que a globalização efetue uma forte pressão sobre os sistemas e as instituições superiores por reformas que produzam mais eficiência e mais adequação aos novos contextos. Razão do potencial de desenvolvimento econômico que tem o conhecimento e tendo em vista as grandes carências educacionais dos países pobres e emergentes, as agencias multilaterais, especialmente o banco mundial e a OCDE, insistem nas estratégias que requerem uma presença mais forte da educação superior nas transformações das sociedades. De um modo particular, cabe bem mencionar uma recente importante alteração nas tendência do Banco Mundial, no que diz respeito as suas analises anteriores, que atribuíam menor importância a educação superior relativamente a educação básica. Mais recentemente, o banco mundial não só reconhece o equivoco de análises anteriores, como insiste na tese de que a educação superior e fundamental para desenvolver ainda mais a economia global e alavancar o avanço dos países pobres e emergentes, contrariando o que dissera antes, o Banco Mundial reconhece que a educação superior tem um retorno econômico muito importante. O Banco Mundial não somente faz financiamento e capitalização, mas tem um importante papel na produção e na difusão de ideologias. E verdade que existe uma certa margem de negociação quanto as exigências do Banco Mundial. Mas também e importante fazer uma segunda observação: se o discurso do Banco Mundial agora se aproxima um pouco mais do discurso da UNESCO, reconhecendo que todo