africanos
Parece que, não raras vezes, há uma transferência de responsabilidades, pois é comum as pessoas se perguntarem: “qual o segmento da sociedade que deve se preocupar com esta missão tão nobre, urgente e importante na vida das crianças e adolescentes?”
Seria a escola? A família? Os meios de comunicação social? A rua? A Igreja? Enfim, tantas perguntas e poucas respostas convincentes.
No entanto, na África, da cultura tradicional e iletrada, esta responsabilidade é da... bem, vamos conferir isso nessa reflexão.
A MULHER E A EDUCAÇÃO
Diz um provérbio africano: “Quem educa uma mulher (menina), educa um povo.” A sociedade africana, apesar de machista (esta é uma herança cultural), delega a responsabilidade da educação dos filhos à mulher. Isso porque a mulher (mãe) convive com as crianças mais tempo do que os homens. Até na hora das refeições, a mãe come em separado com as crianças e o pai fica com os seus filhos adultos ou amigos do outro lado.
Destacamos também o fato da criança viver os seus primeiros meses de vida “grudado” na mãe. A mãe amarra o filho todo nu nas suas costas, que também estão nuas. Este contato, no sentido literal do termo, faz com que a mãe transmita para a criança todo o seu ser maternal, como se os fluídos do seu corpo penetrassem diretamente na criança.
Outro fator importante é o fato da criança acompanhar a mãe em todos os lugares. É no caminho da roça, quando vai buscar água na bomba, na execução dos trabalhos domésticos, etc. A criança é a companheira fiel da mãe em todas as suas ações durante o dia e, à noite, ainda dorme no chão encostadinha na mãe. Podemos relacionar ainda um outro aspecto que é estritamente cultural: o sistema matriarcal. Esse sistema determina que a herança vem do lado maternal e não do paternal. Logo, a criança é bem educada e orientada pela sua família do lado