Africana

Funcionalismo / Neofuncionalismo
A proposta dos funcionalistas concentra-se na proposta de um processo que deve ocorrer paulatinamente, visando solucionar o problema da ordem internacional. O conceito em que se fundamenta o Funcionalismo, é descrito pela autora da seguinte forma: “hábitos de cooperação seriam constituídos em áreas mais técnicas, nas esferas econômica e social, nas quais o interesse comum pode emergir facilmente (p.58)”, ou seja, há uma necessidade de estabelecer uma relação de confiança inicial para que mais tarde a cooperação possa ser praticada na seara política.
Mônica Herz discorre sobre o sistema de paz proposto por Mitrany dentro dessa perspectiva funcionalista, onde tal sistema sugere uma “comunidade política menos particularista” e a criação de uma nova autoridade a qual receberia, dentro de um processo de compartilhamento de soberania por parte do Estados, uma certa autonomia.
A principal crítica a essa teoria, de acordo com a autora, é que “a separação entre política e cooperação funcional que fundamenta essa perspectiva não retrataria a realidade (p.60)”.
Já o Neofuncionalismo é uma reformulação da corrente funcionalista, e este, segundo a autora, foi “apropriado para a discussão sobre a natureza do processo de integração em curso na Europa Ocidental (p.61)”. No entanto, a característica comum entre as duas correntes, de acordo com Herz, “é que um processo gradual de integração em áreas específicas pode transbordar para novas áreas de integração (p.61)”.
Porém, as críticas direcionadas ao neofuncionalismo são as mesma do funcionalismo, as quais, a autora cita novamente, são baseadas “no conceito de transbordamento (p.62)”. Assim, em 1980 a teoria neofuncionalista foi reavaliada e já há referências a uma corrente neo-neofuncionalista.

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