Afonso II

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D. Afonso I e D. Sancho I deram sempre especial atenção ao alargamento das fronteiras do território português e à luta contra as forças almorávidas. Porém este cenário não aconteceu durante a governação de Afonso II, visto que este rei deu mais importância à governação do seu reino, deixando para segundo plano a conquista de terras aos mouros. Deste modo, o seu reinado é conhecido pelos significativos avanços rumo à centralização do poder régio, contribuindo para o acelerar o processo de distanciamento contra o poder dos grandes senhores e os poderes da realeza. As reformas levadas a cabo por Afonso II só foram possíveis, aliadas á vontade do rei, graças à actuação de um grupo de indivíduos que ocuparam os lugares preponderantes da administração central, como por exemplo os chanceler Juliao Pais, que apos a sua morte o governo foi confiado ao mestre Gonçalo Mendes e o mordomo-mor Juliao Peres de Nóvoa. Estes mostraram-se grandes apoiantes da politica de centralização de Afonso II. Estes homens contaram ainda com um importante conjunto de auxiliares e apoiantes que reforçaram as iniciativas da administração regia.
Retomando agora a D. Afonso II, apos este rei ter sido coroado, em 1211, convocou uma cúria solene, em Coimbra, supondo-se ter sido a primeira a ser realizada em Portugal, onde se afirmaram as pretensões judiciais e legislativas do monarca. Esta assembleia demostrou a superioridade da justiça do rei, e das leis decretadas pelo monarca.
Entre as várias leis promulgadas em 1211, sobressai a desamortização, que impedia as ordens religiosas e os mosteiros de adquirirem terras, salvo em determinadas condições. Esta lei tinha como objectivo colocar um travão à excessiva acumulação de património fundiário por parte de Igreja. Mais tarde, em 1220, D. Afonso II lança novas medidas, como o lançamento das primeiras inquirições gerais, ena execução de um grande número de confirmações regias. Estas leis pretendiam limitar o desenvolvimento dos poderes e dos

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