Aeroportos
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de 2004 a 2013 o fluxo nos aeroportos brasileiros cresceu 137%, passando de 82 milhões para 194 milhões de pessoas por ano, o que corresponde a uma taxa média anual de aproximadamente 10%, colocando o Brasil entre os cinco maiores mercados de aviação doméstica do mundo. O crescimento da demanda pelo transporte aéreo é baseado em três elementos fundamentais: o crescimento da economia brasileira, que resultou no surgimento de uma nova classe média, com maior poder de compra; a introdução no Brasil do conceito de companhias aéreas low cost (de baixo custo), que induziu uma maior competição no sistema aéreo; e a organização de grandes eventos de impacto mundial, cuja publicidade favorece o turismo e o investimento.
Mesmo com todo o crescimento da última década, o Brasil ainda tem uma relação de passageiros aéreos por habitante - cerca de 1 passageiro por habitante - muito longe dos países mais desenvolvidos. A União Europeia, por exemplo, teve uma média de 1,6 passageiro por habitante em 2012, segundo dados da Eurostat. Para os próximos 20 anos, as previsões da Airbus (Airbus- Global Market Forecast - Future Journeys 2013 - 2032) são de um crescimento médio anual de 5% a 6% para o mercado doméstico brasileiro, e de uma forte expansão da demanda regional dentro da América do Sul. Três dos dez mercados para os quais a Airbus tem perspectiva de maior crescimento a longo prazo incluem a América do Sul e o Brasil.
O Brasil, especificamente, além de vir experimentando crescimento da demanda internamente, sediou a Copa do Mundo de 2014 e vai sediar os Jogos Olímpicos de 2016, eventos que tornam imprescindível o ganho de eficiência dos investimentos em infraestrutura aeroportuária.
Dentro desse contexto, o Governo Federal decidiu, em 2011, iniciar um amplo plano de concessões dos principais terminais. Com isso, o setor de infraestrutura aeroportuária passou a representar uma excelente oportunidade de