Admnistração
1 INTRODUÇÃO
A lição a ser tirada deste TCC é a de questionar, ou pelo menos considerar, a verdade de qualquer coisa que seja importante e este é um bom lugar para se começar. Muito provavelmente fraude e desonestidade sequer constarão do índice, muito menos serão abordados em detalhe.
Os negócios modernos são crivados de desonestidade, fraude, e corrupção as quais, com muita freqüência, costumam pegar os dirigentes de surpresa. As pessoas simplesmente não fazem as perguntas importantes que deveriam fazer, muitas vezes porque acreditam que isso seria deselegante.
1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
Conforme Gomes, no Brasil, entre 5 e 10% do dinheiro destinado às compras das empresas vão direto para o bolso de larápios com carteira assinada e contracheque. Roubalheira é um mal tão antigo quanto à ambição humana. Mas agora – nestes tempos de redes de computadores, descentralização, autonomia e agilidade de decisões – o controle nas organizações ficou mais difícil.
O cruzamento dos dados de duas pesquisas sobre fraudes em empresas privadas, obtidas pela Folha, mostra que os empregados brasileiros são mais corruptos do que os seus colegas norte-americanos. Os fraudadores que surrupiam o caixa das empresas começam nessa vida mais cedo -entre 36 e 40 anos - do que os norte-americanos. Desviam mais recursos e a maioria deles -oito em cada dez - são homens. No Brasil, as mulheres fraudam menos do que nos EUA e é raro pegá-las com a boca na botija.
Há informações, no mínimo, curiosas e preocupantes. Companhias privadas do setor industrial são cada vez mais o alvo preferido dos fraudadores brasileiros -mais até do que os bancos. Não é só isso. Segundo levantamento da GBE Peritos, empresa especializada em desmantelar os esquemas, 29,2% dos casos de fraudes no Brasil promoveram, em 2001, desvios de recursos que variaram de mais de US$ 100 mil a até US$ 500 mil. Os esquemas foram montados por empregados de alto e baixo escalão. Quarenta e três casos foram