Admirável mundo novo - resenha

RESENHA
Admirável Mundo Novo

Renata Müller¹

Aldous Huxley foi um importante escritor britânico. A obra que o tornou mais conhecido no mundo da literatura foi o romance Admirável Mundo Novo, livro publicado, em sua primeira edição, em 1932, que relata o modo de vida de pessoas condicionadas a viver na civilização propositalmente estável, pós Revolução Industrial.
Em seu livro, Aldous aborda a vida de moradores de grandes centros que, desde a criação do fordismo, tem sido condicionados a uma vida diferente da vivida até então. Criados em incubadoras e preparados para serem seres totalmente estáveis, os grupos de Alfas, Deltas, Epsilões, dentre outros, encontram a alegria em gramas de soma que, após um dia de trabalho, são entregues aos indivíduos como forma de gratificação.
No primeiro capítulo, o autor inicia mostrando como se dá o condicionamento dos embriões que são encubados e criados nos Centros de Incubação e de Condicionamento, para que não tenham nenhum vínculo de relacionamento ou parentesco. Lá é que serão determinados seus grupos e capacidades, tendo a hipnopedia – mensagens de fixação ouvidas durante o sono - como uma das formas de dirigi-los às suas funções.
No decorrer do livro, o escritor relata que Bernand Marx, o qual teve algumas variações no seu condicionamento, tornando-se assim, alguém com discernimento diferente das demais pessoas, decidiu visitar uma aldeia que vivia ainda no modo primitivo; uma aldeia selvagem. Lá conheceu John, filho de uma Beta, que foi esquecida na aldeia há alguns anos atrás. Para ter algum valor perante a civilização – já que era taxado como diferente dos demais – Bernard resolveu levar John até a cidade. O Selvagem, como ficou conhecido, era letrado e sabia o que sua mãe havia lhe ensinado sobre a cidade, mas acabou não suportando a vida dessas pessoas idênticas, trabalhando por um pouco de soma no final do dia, se relacionando sem sentimentos e vivendo sem um deus ou motivo maior.
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