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Munch imortalizou esta impressão no quadro O Desespero, que representa um homem de cartola e meio de costas, inclinado sobre uma vedação num cenário em tudo semelhante à da sua experiência pessoal. Não contente com o resultado, Munch tentou uma nova composição, desta vez com uma figura mais andrógina, de frente para o observador e numa atitude menos contemplativa e mais desesperada. Tal como o seu percurso, esta primeira versão o Grito recebeu o nome de O Desespero.), a fonte de inspiração para esta figura humana estilizada terá sido uma múmia peruana que Munch viu na exposição universal de Paris em 1887.
O quadro foi exposto pela primeira vez em 1903, como parte de um conjunto de seis peças, intitulado Amor. A idéia de Munch era representar as várias fases de um caso amoroso, desde o encantamento inicial a uma rotula traumática. O Grito representava a última etapa, envolta em sensações de angústia.
Um crítico considerou o conjunto, e em particular O Grito , tão perturbador que aconselhou mulheres grávidas a evitar a exposição. A reação do público, no entanto, foi à oposta e o quadro tornou-se motivo de sensação. O nome O Grito surge pela primeira vez nas críticas e reportagens da época.