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Analisando as relações humanas a partir da ótica do mercado consumidor, Bauman discute no livro “Vida para Consumo” aspectos centrais do fetichismo que as mercadorias passam a exercer sobre os consumidores, fazendo-os não só se sentirem, mas portarem-se como mercadorias. A facilidade de acesso à internet transporta o processo de produção de informações para um patamar instantâneo, que vai desde o simples ato de ler um jornal em formato on-line até compras dos mais variados produtos, realizadas com muito mais praticidade e segurança pelos exigentes clientes “plugados”.
Com conteúdo totalmente relevante à realidade atual, o livro aborda a questão do fenômeno das redes sociais que, numa onda avassaladora, apresentam-se como novos canais de mediação das relações sociais. Hoje, através de comunidades on-line, são estabelecidos novos padrões de contato, novas formas de obter informações diversas e estabelecer relações afetivas que transpõe a distância física, sendo suprida apenas pelo simples toque da tela. Sobre esta ótica, Bauman alerta para o problema da inabilidade social cada vez mais presente na realidade de países imersos na era digital. Onde os indivíduos após se acostumarem aos relacionamentos on-line, perdem sua capacidade autêntica e espontânea de socialização. De forma intrigante, o autor apresenta o modo como, nos dias atuais, as relações sociais passam a ser mediadas pelo consumo. Consumo este, não necessariamente de produtos, mas de hábitos, valores e aparências. Os indivíduos, a partir da exposição aos padrões (de beleza, consumo, ideológico...) impostos pelo mercado, passam inconscientemente a portarem-se como objetos de consumo. Na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito antes de se