Administração
Em agosto de 1969, Luiz transformava o seu sonho pessoal em realidade. Tinha vendido seu fusca, e com o dinheiro reformou uma antiga e pequena borracharia na
Rua Oscar Freire, na cidade de São Paulo, onde montou sua primeira e única loja.
Ainda conseguiu um imóvel na Vila Mariana, onde estruturou uma pequena fábrica.
Sem muito dinheiro, imprimiu alguns cartões que ficava distribuindo na rua com a mensagem: “Nós pensamos em você. Gostamos do mundo, dos dons da vida, da música, da amizade, do elo que nos une, da mística engrenagem dos momentos.
Aprendemos a força do amor. Com amor, muito amor, nós fabricamos beleza. Venha nos conhecer”.
Junto com o cartão, as pessoas também ganhavam uma rosa. Este não era o jeito de pensar do Luiz, era seu jeito de ser. E o seu jeito de ser tinha sido transformado em cada detalhe na sua lojinha e em seus produtos, mesmo que tudo de forma muito humilde e simples.
Lembrei da história do (agora) Seu Luiz, quando li o post desta semana no Blog do
Empreendedor do Estadão PME da Juliana Motter, da Maria Brigadeiro, em que ela explica que uma empresa deve ser mais do que o sonho de alguém, deve ser o seu reflexo. Quanto mais pessoal, mais único será o negócio – explica.
Em um momento em que temos (mais uma vez) uma enxurrada de negócios copiados do exterior (chamados de copycats), vale se inspirar na trajetória da Juliana e do Seu
Luiz. A trajetória da Juliana, ela mesma tem contado aqui no blog. A do Seu Luiz, conto, resumidamente, agora.
Luiz tinha sido executivo brilhante em uma multinacional norte-americana até ser designado para liderar uma área que iria explorar uma inovação para o Brasil daquela época: a máquina de barbear. Foi estudar o mercado e começou a se interessar pela pele do brasileiro e ficou espantando com algo que todos sabiam, mas ninguém percebia (e poucos ainda se dão conta) de que não há “o brasileiro” típico.
Havia uma incrível mistura de