Administração Pública
Administração Pública Gerencial: construção de um novo paradigma
A administração pública gerencial nasce com o propósito de solucionar os entraves causados pela burocracia, mas seus princípios se alicerçaram nos da administração burocrática.
A administração gerencial buscou enfatizar a eficiência, o aumento da qualidade do serviço, a sociedade e a redução dos custos.
Ressalta-se que começou, em meados da década de 1990, a discussão acerca da reforma ou reconstrução do Estado, por meio do plano diretor de reforma do Estado, de 1995. (estudaremos na próxima seção).
O instrumento foi utilizado para consolidar o equilíbrio, a estabilização e assegurar o crescimento econômico.
Bueno (2010) destacou que o aparelho estatal era tido por ineficiente na tarefa de levar adiante o desenvolvimento do país e de prover satisfatoriamente as necessidades públicas.
Para tal, o cidadão passou a ver-se como cliente e não mais como uma espécie de subordinado do Estado.
Novos conceitos surgem e o cidadão começa a ser visto como cliente, no intuito de provocar uma mudança nas organizações públicas, as exigências contribuem para melhorar a eficiência dos serviços, desburocratizando os procedimentos e primando pela efetividade das melhorias nos serviços públicos.
Como saldo da administração pública gerencial surgem mudanças culturais, estruturais e de gestão.
Exige um novo olhar para os interesses da sociedade. O interesse público é o interesse da coletividade, o cidadão é o cliente dos seus serviços e seu contribuinte de impostos.
Bresser Pereira (2008) enfatiza que aos poucos se delineou os contornos da nova administração pública ou administração pública gerencial:
1. Descentralização do ponto de vista político, transferindo recursos e atribuições para os níveis políticos regionais e locais;
2. Descentralização administrativa, através da delegação de autoridade para os administradores públicos transformados em gerentes