Administração pública
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas - ESAG
Mediação e Negociação no Setor Público - 6º termo - Balneário Camboriú
Professora Nonie Ribeiro
Ética em Negociação
Até que ponto consegue-se conciliar uma abordagem ética em um processo de negociação? Esse aspecto, que simplesmente seria desconsiderado há alguns anos, hoje tem um papel central. Cada vez mais, ser é importante dentro do perfil de um negociador profissional. Mas até que ponto devemos ser Éticos e não entrar em conflito com o profissionalismo de quem defende um time? Essa questão requer muito cuidado para ser respondida. Na realidade, torna-se uma questão de se saber até que ponto estamos comprometidos com nossos próprios objetivos. E é, exatamente neste entrave, que as coisas começam a ficar mais claras, pois o fato é, se o indivíduo está motivado por objetivos estritamente pessoais, a tendência natural é que ele seja menos ético e mais profissional. Pode parecer que estamos falando de uma pessoa mesquinha e sem princípios, mas, obviamente não é este o caso. Trata-se, provavelmente, de uma pessoa totalmente voltada para a "vitória" de seu time, de sua empresa. Um profissional na essência, ou seja, uma pessoa voltada para a sua profissão e os seus objetivos. Este tipo de personalidade, de modo geral, tem uma visão curta do processo, com alto foco no resultado imediato. Na contramão desta abordagem, temos o indivíduo de tinturas mais éticas, ou seja, voltado para questões morais. De modo geral, temos percebido que, cada vez mais, as mesas de negociação têm pedido por indivíduos com este perfil, ou seja, com posicionamentos mais justos, compreensivos e construtivos. Esses negociadores, éticos, buscam a "vitória" de seu time, mas, também, que a outra parte sinta-se vitoriosa. Essa abordagem, muito mais construtiva, possibilita relacionamentos comerciais e industriais de mais longo prazo e, via de regra, mais econômicos e