Administração de finanças
Uso das Técnicas de Orçamento de Capital em Empresas de Fortaleza.
Um estudo exploratório.
Verônica Peñaloza (UECE) - penaloza_veronica@yahoo.com.br
Diego de Sousa Guerra (UECE) – diegoguerra@gmail.com
Este trabalho aborda o uso das Técnicas de Orçamento de Capital em empresas de Fortaleza.
A partir de um levantamento exploratório e usando testes não paramêtricos e modelo de regressão Logit, mostra-se a relação entre o uso das Técnicas de Orçamento de Capital e o tamanho da empresa. Constata-se também, que o uso das Técnicas de Orçamento de Capital está relacionado à estrutura de capital da empresa, e levantam-se evidências de outras variáveis intervenientes a serem exploradas em futuros trabalhos.
Palavras-chave: Técnicas de Orçamento de Capital, Administração Financeira, MPMEs.
1. Introdução
A partir de inícios dos anos 80, as micros, pequenas e médias empresas (MPMEs), vêm despertando cada vez mais interesse. As grandes corporações que até essa época eram consideradas o motor da economia, já não são vistas como a solução para o desemprego e o desenvolvimento de uma região. Anualmente são constituídas no Brasil, em torno de 470 mil novas empresas (SEBRAE,2005), estas empresas são geradoras de uma grande parte dos postos de trabalho no Brasil e principalmente nas regiões menos desenvolvidas do país. As taxas de crescimento do número total de empresas foram mais elevadas nas regiões CentroOeste, Nordeste e Norte, sendo no Nordeste de 77,0% em comparação com a média nacional de 55,1% . Ainda segundo o Sebrae (2005), em conjunto as micro e pequenas empresas responderam, em 2002, por 99,2% do número total de empresas formais, por 57,2% dos empregos totais e por 26,0% da massa salarial.
Contudo, estas empresas enfrentam as enormes dificuldades em se estabelecer no mercado após os 3 anos de vida, sendo as taxas de mortalidade da ordem de 50 a 60%. A taxa de
mortalidade