administração cultural
Este é um livro a respeito de uma metáfora dentro de outra, ou seja, a metáfora de se efetuar a “leitura daorganização”.
Procura mostrar como muitas das idéias convencionais sobre organizações e administração foram construídas sobre um pequeno número de imagens tidas como certas, especialmente a mecânica e a biológica. Segundo, explorando essas e um conjunto alternativo de imagens procura mostrar como se podem criar novas maneiras de pensar sobre a organização. Em terceiro lugar, procura mostrar como esse método geral de análise pode ser usado como um instrumento prático de diagnóstico dos problemas organizacionais, bem como de administração e planejamento das organizações de maneira mais ampla. E, finalmente, procura também explorar as implicações levantadas por esse tipo de análise.
A respeito de metáforas: existe crescente literatura demonstrando o impacto da metáfora em relação ao modo pelo qual se pensa, se fala em relação aos sistemas de conhecimento científico e corriqueiro. Usar uma metáfora implica um modo de pensar e uma forma de ver que permeia a maneira pela qual entendemos nosso mundo em geral.
2. AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO MÁQUINA
Dentro dessa concepção, a forma mecânica de pensar, arraigada nas nossas mentes durante tantas décadas, alicerçou o estilo burocrático criando dificuldades para a entrada de novas percepções organizacionais.
As organizações são propostas como um fim em si mesmas. São instrumentos criados para se atingirem outros fins. Isso é refletido pelas origens da palavra organização que deriva do grego orgamon que significa uma ferramenta ou instrumento.
Durante o século XIX várias tentativas foram feitas para codificar e promover as idéias que poderiam levar as organizações a uma gestão eficiente no trabalho.
O autor justifica dizendo que, muitos teóricos em ciência social observaram que vivemos em uma sociedade tecnológica, dominada pelas necessidades das máquinas e por modelos mecânicos de raciocínio. Os