Mecenato cultural em bibliotecas
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1 Introdução
Quando propus desenvolver este tema tive desde logo a percepção de que este trabalho teria uma pequena base teórica não só pela pouca exploração que o tema tem vindo a ter, mas também pela forma pouco significativa como este mecanismo institucional que é a Lei do Mecenato tem sido utilizada. Parti para esta cruzada com a convicção de que o meu papel não era falar das organizações sem fins lucrativos às quais prefiro denominar de «organizações com fins não lucrativos» por terem uma missão a meu ver muito maior que o lucro pretendido, que é prestar um serviço de excelência aos utilizadores, mas mostrar o panorama das Bibliotecas da Rede de Leitura Pública Portuguesa no que concerne ao uso ou não que fazem de uma lei que lhes permite se assim o desejarem, obter mais financiamento para os seus serviços e consequentemente a satisfação do cliente da sua organização. Esse é o papel das organizações cujos fins não se prendem com o lucro económico propriamente dito mas com a prestação de um bom serviço, caso contrário elas não terão razão de existir como tal, no universo organizacional em que vivemos. “Quando […] as organizações sem fins lucrativos são boas elas são muito boas. E boas devem ser porque lhes confiamos as funções mais importantes da sociedade – educar as nossas mentes, elevar as nossas almas, proteger a nossa saúde e segurança. […] Se não nos fornecerem informação credível e sistemática, escândalos encherão os nossos jornais diários, e a confiança do público nestas importantes instituições sofrerá uma erosão.” 1
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Herzlinger, 1996,97.
Maria Cristina Bernardo - 2004
Organização Planeamento e Administração I O Mecenato Cultural nas Bibliotecas da Rede de Leitura Pública
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Partindo desta questão da Lei do Mecenato, do seu conhecimento e da sua utilização pelas bibliotecas, elaborei um pequeno questionário no sentido