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Definição
A “Doença do Refluxo Gastroesofágico” atinge basicamente o esôfago e pertence à área da gastroenterologia. Mas quando o refluxo atinge a faringe e a laringe passa a ser chamado de “Doença do Refluxo Gastrofaringolaríngeo” ou “Doença do Refluxo Faringolaríngeo” e pertence à área da Otorrinolaringologia.
Geralmente a Doença do Refluxo Faringolaríngeo não é simultânea nem ocorre em conseqüência da Doença do Refluxo Gastroesofágico. São entidades isoladas e dependem de fatores locais para que ocorram .
Falaremos, neste artigo, especialmente sobre a “Doença do Refluxo Faringolaríngeo”.
Esta doença é causada por substâncias que são normais no estômago, mas irritantes para a faringe e laringe quando refluem e chegam nestes locais. Estas substâncias que vêm do estômago são principalmente o ácido clorídrico e a pepsina.
Atualmente é uma doença muito comum, tendo em vista o conhecimento dos sintomas e os métodos de diagnóstico. O primeiro relato desta doença consta de 1968 e a partir daí o percentual de diagnósticos vem crescendo muito, especialmente com o uso e o aperfeiçoamento dos endoscópios da laringe (videoendoscopia da laringe), tanto os de fibra óptica quando os digitais (de última geração).
Muitas vezes os pacientes convivem com o problema há muito tempo, considerando o que sentem como algo normal, mas que piora em conseqüência da ingestão de algum medicamento ou alimento, bem como do estresse.
Porque ela ocorre em algumas pessoas ?
Para que ocorra a Doença do Refluxo Faringolaríngeo as substâncias que refluem do estômago (ácido clorídrico e pepsina), precisam chegar à faringe. Acontece que o esôfago, canal que liga a faringe ao estomago, possui duas “válvulas” chamadas de esfíncteres, um superior (no início do esôfago) e outro inferior (no final do esôfago e entrada do estômago). O esfíncter inferior sempre deixa certo grau de refluxo, mas o superior nunca. Então, para que haja refluxo até a faringe há necessidade de