A tica um dos problemas da filosofia. Pode ser definida como a cincia que estuda os atos humanos com relao a seu fim ltimo, que a realizao plena da humanidade, ou, como se costuma dizer, o que d sentido vida humana. A tica deve, pois, ser considerada uma cincia prtica de fato, no procura apenas o simples conhecer, mas quer chegar, por meio de alguma ao, ao bem do homem. A diferena das outras cincias prticas que procuram este ou aquele bem particular do homem (por exemplo, a medicina procura a sade do corpo, a economia o lucro etc.), a tica tem por objeto prprio a perfeio do prprio homem que age. Por este motivo, as outras cincias prticas no so filosofia de fato, somente a TICA visa regular a ao do homem em relao causa mais elevada da ordem prtica, que o fim ltimo, ou o bem absoluto do homem. Sendo assim, a questo capital que, antes de tudo, deve ser respondida pela tica saber em que consiste o FIM LTIMO ou BEM ABSOLUTO DO HOMEM. Depois disso, preciso que a tica estude os ATOS pelos quais o homem se dirige para o seu fim ltimo, ou dele se afasta. Por isso, preciso que se estude a REGRA SUPREMA destes atos (a lei natural) e tambm a REGRA PRXIMA ou conscincia. Alm disso, necessrio estudar os PRINCPIOS INTRNSECOS de onde procedem estes atos, isto , as virtudes morais e os vcios. Em conexo com todos estes conceitos h outros a serem estudos VALOR MORAL, NORMA, DEVER, DIREITO, FALTA, SANO, MRITO. Tudo isso faz parte da TICA GERAL. Todavia, sendo a tica uma cincia prtica, no deve ficar s nestas consideraes universais preciso descer at a determinao mais particular dos atos humanos e de suas regras. E aqui entram as questes de TICA ESPECIAL, das quais lembramos algumas BIOTICA, ou tica da vida humana ECOLOGIA E TICA CULTURA E TICA TICA DA VIDA SCIO-ECONMICA TICA DA POLTICA TICA DA SEXUALIDADE E DO AMOR TICA RELIGIOSA. TICA ADMINISTRATIVA. Vamos, pois, comear analisando o conceito de FIM LTIMO. A vontade humana quer necessariamente a felicidade, no