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Crítica de Keynes as Teorias Clássicas
O ponto em que Keynes se baseou para contestar os clássicos é que o trabalhador prefere sempre trabalhar a não trabalhar e que está interessado sobretudo em manter os seus salários nominais, o que significa que está sujeito ao fenômeno que chamou de “ilusão monetária”. A rigidez do salário nominal decorre da resistência dos trabalhadores em aceitar reduções de seu salário nominal vis- à -vis aos trabalhadores de outro ramo industrial, porque percebem que a sua situação relativa sofreu uma deterioração. Já este não é o caso do salário real porque a sua queda afeta por igual todos os trabalhadores, a não ser quando essa queda for excessivamente grande.
Keynes achava que os trabalhadores, ao agirem dessa forma, revelaram-se mais razoáveis que os próprios economistas clássicos, que jogavam a culpa do desemprego nos ombros dos trabalhadores pela sua recusa em aceitarem reduções no seu salário nominal. À essa altura, Keynes só tinha dois caminhos a seguir: ou explicava o salário real e, a partir daí, determinava o nível de emprego; ou explicava primeiro o nível de emprego para depois chegar ao salário real (Macedo, 1982). Keynes escolheu o segundo caminho. Para ele, não são os trabalhadores que controlam o emprego, mas sim a demanda efetiva. Dessa maneira, a diminuição dos salários nominais não constitui estratégia eficaz para aumentar o emprego, uma vez que a manipulação da demanda representava uma política muito mais inteligente. Nesse aspecto, Keynes literalmente vira “de pernas para o ar” a estrutura clássica: “o emprego não é elevado pela redução dos salários reais, ... o que sucede é o inverso, os salários reais caem porque o emprego foi elevado mediante um aumento da procura” Portanto, os contratos entre patrões e empregados só determinam os salários nominais; enquanto que os salários reais - para Keynes - são determinados por outras forças, isto é, aquelas relacionadas com a demanda agregada e o emprego.

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