adicional de insalubridade

INSALUBRIDADE
O local de trabalho da Reclamante, que fica no 1 andar, tem aproximadamente 1,60m (um metro e sessenta centímetros) de altura, em razão da baixa altura ela chegou a bater a cabeça várias vezes.
A temperatura do ambiente de trabalho também é alta, além dos padrões aceitáveis, vez que não há isolante térmico entre a Reclamante e o telhado, que é de telha plana e fica muito próximo a Reclamante.
Ainda, as lâmpadas ficavam a menos de trinta centímetros do rosto da reclamante, o que a obrigava trabalhar com a luz apagada e quando não era possível, tinha que suportar o calor produzido pela lâmpada.
O calor sempre foi motivo de muitas reclamações da reclamante para a Reclamada, mas esta colocou um ventilador a apenas 06 (seis) meses aproximadamente, ou seja, a Reclamada não se importa com as condições de saúde, segurança do trabalho.
Ademais, a Reclamante tinha que laborar com o “pó” produzido pelo corte dos jeans, sem qualquer proteção como óculos de proteção para evitar o contato desse pó com os olhos, máscaras respiratórias para evitar a inalação ou luvas de proteção contra cortes, ressaltando o risco da máquina de corte.
É de grande valia destacar, que esse “pó” liberado no processo de corte do jeans é nocivo à saúde de qualquer trabalhador, tanto que a Reclamante desenvolveu “conjuntivite crônica”, em razão do referido “pó”. Ela ainda passou a usar vários tipos de colírios e pegou atestados médicos em razão da conjuntivite crônica adquirida no trabalho, conforme documentos anexos.
Vale ressaltar que a Reclamante labora durante o dia todo com o corte de jeans.
É evidente a exposição da Reclamante acima dos limites de tolerância à agentes nocivos à sua saúde, para constatar, que seja designado por este Juízo uma perícia por médico do trabalho no local de labor da Reclamante.
Deste modo, a Reclamante faz jus a percepção do adicional de insalubridade referente a todo o pacto de trabalho, em grau máximo (40%).