Adequa o da Linguagem ao Contexto
INTRODUÇÃO
Em 1536, com a publicação da primeira gramática da língua portuguesa, “pensava-se” que a língua era constituída por apenas uma variedade: o padrão culto. Não podemos negar que o padrão formal culto é o registro de prestígio social, padrão este que devemos utilizar em relações sociais ou em suas especificidades (profissional e oficial). O padrão coloquial é utilizado em contextos informais. Quando cometemos um equívoco em usarmos um nível de linguagem ao invés de outro (nível) podemos passar a imagem de trivial ou esnobe; ou seja, “saber quando usar um ou outro sem cair no esnobismo ou na vulgaridade”.
Desta forma, exigia-se que tudo deveria seguir as regras impostas pela gramática normativa, tanto na escrita quanto na oralidade, considerando-se erro tudo o que não condiz com tais normas.
Em relação a isso, Marcos Bagno afirma que: “existe também toda uma longa tradição de estudos filológicos e gramaticais que se baseou, durante muito tempo, nesse (pré) conceito irreal da” unidade lingüística “do Brasil”.
Sendo assim, o ensino de língua portuguesa não se preocupava com o contexto, com os interlocutores, enfim com a situação e a intencionalidade do falante, mas acreditava-se que as palavras deveriam ser pronunciadas da mesma forma como são escritas, a exemplo disso Bagno (2004) diz:
“O ensino tradicional da língua, no entanto, quer que as pessoas falem sempre do mesmo modo como os grandes escritores escreveram suas obras. A gramática tradicional despreza totalmente os fenômenos da língua oral e quer impor a ferro e fogo a língua literária como a única forma legítima de falar e escrever, como a única manifestação lingüística que merece ser estudada”.
2. CERTO OU ERRADO?
Devemos nos adequar conforme o contexto em que estamos inseridos, pois em cada situação interacional “vestimos” distintos papeis sociais. A título de ilustração podemos comparar a língua a um guarda-roupa em que nos vestimos conforme o ambiente que