Escritores da liberdade
As pessoas falam de forma diferente, porque são diferentes. Um analfabeto não fala como um universitário, uma pessoa mais idosa usa uma linguagem bastante diferente da de pessoas mais jovens. Pessoas nascidas em regiões diferentes revelam, na sua linguagem, características próprias da sua região.
A própria situação de comunicação exerce influência sobre a maneira de falar das pessoas, modificando-a. Se nos dirigimos a um colega de trabalho ou a uma pessoa da família, usamos uma linguagem menos cuidada do que quando nos dirigimos a alguém que não conhecemos.
Estas variações no uso da língua são perfeitamente naturais e resultam da flexibilidade da língua falada. A língua falada não é regida por normas fixas e imutáveis. Nenhuma língua é um sistema homogêneo. Na verdade, é um conjunto de variantes sociais, geográficas e situacionais. Portanto, variantes linguísticas são diferentes formas de expressão, maneiras de falar, sem mudança de sentido.
As variantes linguísticas podem ser identificadas como:
1. Variantes regionais ou geográficas – quando apresentam características linguísticas próprias de uma região. Ex: Eu gosto de macaxeira. Eu gosto de aipim.
2. Variantes sociais – resultam de diferentes graus de escolaridade, classe social, contexto cultural, idade do falante. As variantes sociais podem ser divididas em:
a) variante social culta – utilizada por pessoas de maior instrução, normalmente de classe alta. É considerada a mais correta.
Ex: Faça-me a gentileza de entregar este livro na biblioteca.
b) variante social popular – utilizada por pessoas de baixo nível de instrução, normalmente de classe baixa. É considerada uma linguagem cheia de incorreções. É uma linguagem simplificada, mas carregada de afetividade. Ex: Nóis tá muito preocupado com a farta de chuva esse ano.
3. Variação Histórica ou de ÉPOCA - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora,