Adaptações agudas e cronicas
Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular
Patricia Chakur BRUM* Cláudia Lúcia de Moraes FORJAZ* Taís TINUCCI* Carlos Eduardo NEGRÃO*
* Escola de Educação Física e Esporte da USP
Introdução
Os pesquisadores que hoje compõem os Laboratórios Fisiologia e Hemodinâmica da Atividade Motora da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo têm como principal linha de pesquisa, as adaptações agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema cardiovascular. Os estudos realizados nesta linha de pesquisa, hoje são bastante abrangentes, e envolvem desde estudos clínicos até estudos com experimentação animal, com intuito de investigar os mecanismos pelo qual o exercício físico agudo e crônico influenciam o sistema cardiovascular de indivíduos controle e portadores de diversas cardiopatias e distúrbios metabólicos. Mais recentemente, também acrescentamos aos nossos estudos uma abordagem genética e molecular onde investigamos a influência de polimorfismos genéticos dos receptores a e b- adrenérgicos sobre a resposta cardiovascular durante o exercício em cardiopatas e obesos. Além disso, temos utilizado animais geneticamente modificados para o estudo de mecanismos celulares envolvidos nas adaptações cardiovasculares ao treinamento físico na insuficiência cardíaca. No presente artigo faremos uma exposição retrospectiva dos principais estudos realizados na linha de pesquisa “Adaptações agudas e crônicas do exercício físico sobre o sistema cardiovascular” nos últimos 10 anos.
Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular
O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de sua homeostase, pois implica no aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e, conseqüentemente, do organismo como um todo. Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes à