Adaptação longe da família
A transição do ensino médio, para o ensino superior gera uma mudança na vida de qualquer pessoa, mudança essa que se torna mais drástica, quando tem que deixar a família e partir para outra cidade em busca de realizar seus sonhos. Isso acontece muito, com jovens adultos do interior, que deixam sua cidade natal, para as capitais em busca de um melhor ensino, e oportunidades de emprego. Com o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e o SISU (Sistema de Seleção Unificada), ficaram ainda mais fáceis essas migrações.
A distância da família traz ao aluno um maior senso de responsabilidade. Antes, tendo o auxílio das figuras parentais, nos afazeres rotineiros, lavar, passar, cozinhar e também do estímulo diário que principalmente os pais dão aos filhos, cobrando deles comprometimento nos estudos. Os estudantes nessa nova fase precisam desenvolver uma autonomia, para que possam “sobreviver” em um novo “mundo”, tendo um auto gerenciamento para poder encarar as demandas da universidade (Gottlieb, Still & Newby-Clark, 2007).
Levando em conta, o novo contexto, que os jovens estudantes estão inseridos, ocorre um processo de aculturação. Em muitos casos, os calouros oriundos do interior são influenciados pelos colegas, a terem hábitos que são considerados comuns dentro da universidade, acabam fazendo uso de drogas, consumo exagerado de bebidas alcoólicas, sexo sem proteção, não tendo os pais por perto, para aconselhar e regular as suas condutas. Nesse contexto, a família exerce um papel importante, segundo o relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI (1996:95) reforça que: "a família constitui o primeiro lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afectivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos valores e normas".
Referências
Gottlieb, B. H., Still, E., & Newby-Clark, I. R. (2007). Types and precipitants of growth and